Após enfrentarem uma série de desafios para a implantação do piso salarial da categoria, os profissionais de enfermagem chegaram ao seu ponto de ruptura. O Sindsaúde Ceará, entidade que representa os profissionais da enfermagem de nível médio, convocou uma assembleia geral que ocorreu nesta quinta-feira, 22 de junho, para deliberar uma medida extrema: a adesão dos profissionais do estado do Ceará à greve nacional, determinada pelo Fórum Nacional das Entidades da Enfermagem.
A movimentação em direção à greve é vista como uma questão de sobrevivência para esses profissionais que dedicam suas vidas ao cuidado dos outros. A categoria tem enfrentado inúmeros ataques que visam afastar o sonho do piso salarial, e entre esses ataques estão o voto conjunto dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Luís Barroso e Gilmar Mendes, bem como o novo os pedidos de vista dos ministros que atrasam ainda mais o rumo do processo.
Segundo o Sindsaúde Ceará, a greve já era um clamor comum entre os profissionais de enfermagem, que se sentem desvalorizados após tantos impasses em volta da implantação da lei do piso salarial da categoria. Com isso, a assembleia aprovou, por unanimidade, a adesão à greve. Agora, a partir do dia 29 de junho, as vozes da enfermagem serão silenciadas nas unidades de saúde e nos corredores hospitalares e ecoarão nas ruas.
“A greve é uma decisão difícil, tomada com corações pesados, até pedimos desculpas à população, mas tudo isso é um ato de coragem e resistência da categoria, como também, é o último recurso que encontramos. Os profissionais da enfermagem estão cansados de implorar por condições dignas de trabalho e pelo piso salarial que é um direito” Afirma Martinha Brandão, presidente do Sindsaúde Ceará.
Ainda segundo a Presidente da entidade, a greve será um marco na história da enfermagem brasileira, em especial no estado do Ceará, enviando uma mensagem clara de que a categoria não será mais subjugada.
A partir do dia 29 de junho, a greve da enfermagem terá início em todo país.