Junho é conhecido como o Mês da Conscientização Mundial da Escoliose, e durante esse período, o movimento “Junho Verde” busca aumentar a sensibilização sobre essa condição médica. A campanha tem como objetivo principal educar a população em geral, bem como profissionais de saúde, sobre a escoliose e suas implicações, além de promover a detecção precoce e o acesso ao tratamento adequado.
Embora a escoliose possa afetar pessoas de todas as idades, ela é mais comum em crianças e adolescentes em fase de crescimento. Meninas têm maior probabilidade de desenvolver escoliose grave do que meninos. Algumas crianças têm uma predisposição genética para a condição, enquanto outras podem desenvolvê-la devido a problemas neuromusculares, como paralisia cerebral ou distrofia muscular.
Na escoliose, a coluna vertebral apresenta uma curvatura anormal, desviando-se para o lado. Essa curvatura pode ocorrer em qualquer parte da coluna, mas é mais comum na região torácica (parte média das costas) ou lombar (parte inferior das costas). O desvio lateral pode variar de leve a grave e, em alguns casos, pode afetar a função pulmonar e cardíaca, além de causar dor e impactar a qualidade de vida dos pacientes.
O presidente da Cooperativa dos Médicos Traumatologistas e Ortopedistas do Estado do Ceará (Coomtoce), doutor Leonardo Drumond explica sobre os principais sintomas. “Primeiramente quero ressaltar que a escoliose não dói e os principais sintomas incluem desalinhamento da coluna vertebral, ombros ou quadris assimétricos, inclinação do tronco para um lado, assimetria da caixa torácica e dores nas costas. Em casos mais graves, pode haver compressão dos órgãos internos, dificuldades respiratórias e diminuição da capacidade física”, salienta.
O tratamento da escoliose depende da gravidade da curvatura e da idade do paciente. Em casos leves, o acompanhamento regular com um médico especialista em ortopedia pode ser suficiente para monitorar a progressão da curvatura. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de coletes ortopédicos para tentar corrigir a curvatura ou, em situações extremas, a cirurgia pode ser indicada. A fisioterapia também desempenha um papel importante no tratamento, ajudando a fortalecer a musculatura e melhorar a postura.