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    Dia Mundial contra o trabalho infantil: entenda as causas e consequências

    O dia 12 de junho, Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, foi instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2002, ano da apresentação do primeiro relatório global sobre o trabalho infantil na Conferência Internacional do Trabalho. Desde então, OIT promove a mobilizarem contra o trabalho infantil, convocando sociedade, governo e trabalhadores para debater e refletir sobre a causa. O trabalho infantil, de acordo com a legislação brasileira, se refere às atividades econômicas e/ou atividades de sobrevivência, com ou sem finalidade de lucro, remuneradas ou não, realizadas por crianças ou adolescentes em idade inferior a 16 anos, com ressalva a condição de aprendiz a partir dos 14 anos, independentemente da sua condição ocupacional.

    No começo dos anos 1990, o Brasil reconheceu oficialmente a existência do problema e retificou a necessidade de enfrentá-lo. Entretanto, infelizmente, ainda não foi erradicado. De acordo com o Art. 227, da Constituição de 1988: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

    A principal causa para que crianças ingressem no mercado de trabalho é a vulnerabilidade socioeconômica da família e a necessidade de complementar a renda. Além de consequências físicas, há também as consequências psicológicas, que podem reverberar durante toda a vida adulta. De acordo com o psicólogo André Carneiro, a criança pode apresentar deformidades físicas, irritabilidade, cansaço excessivo em virtude da alta carga de trabalho, prejuízos intelectuais e socioemocionais.

    Ainda de acordo com o psicólogo, o trabalho infantil impossibilidade o pleno desenvolvimento da criança e afeta negativamente a capacidade de aprender, de assimilar conteúdo de se relacionar. “Essas consequências perduram por toda vida adulta, já que muitas crianças e adolescentes jamais retornam às salas de aula, o que impede a ascensão social por meio dos estudos. Os relacionamentos interpessoais também são bastante afetados, já que os desenvolvimentos psicológico e intelectual não tiveram a devida atenção”.

    Usar casos isolados de superação de pessoas que quando crianças ou adolescentes trabalharam e na vida adulta alcançaram sucesso profissional ou fama só estimula a banalização do trabalho infantil. Segundo o psicólogo André Carneiro, casos como de grandes empresários, como Silvio Santos, por exemplo, não podem ser motivo da normalização do trabalho infantil, já que a grande maioria das crianças e adolescentes exploradas na infância não chega a boa condições na vida adulta.

    De acordo com o neuropediatra e especialista em neurociências Rafael Engel, há casos ainda mais graves: os de crianças pertencentes a famílias de baixa renda com transtornos de aprendizado – como dislexia ou TDAH – e outros transtornos, como o TEA (Transtorno do Espectro Autista) que abandam a escola por falta de tratamento adequado para suprir deficiências de aprendizado e são encaminhadas ao trabalho. “Essas crianças são frequentemente retiradas das escolas e precocemente encaminhadas ao trabalho, o que perpetua o ciclo de baixo desempenho-evasão escolar-subemprego-baixa renda”, completa o médico.

    Ainda segundo o neuropediatra Rafael Engel, o trabalho infantil provoca danos ao neurodesenvolvimento todo de modo global e impede o desenvolvimento pleno de funções cerebrais importantes, afetando tanto a saúde física quanto a mental das crianças e adolescentes submetidos ao trabalho precocemente.

    Serviço:

    Ao presenciar uma situação de trabalho infantil, você pode fazer uma denúncia ao Conselho Tutelar de sua cidade, à Delegacia Regional do Trabalho mais perto de sua casa, às secretarias de Assistência Social ou diretamente ao Ministério Público do Trabalho.

    By Jordan Vall

    É Jornalista, com uma maior atuação na cultura e entretenimento. Deu início a sua carreira na televisão na TV Unifor, como produtor, repórter e apresentador do principal jornal da emissora universitária. O profissional já foi produtor e comentarista de um quadro do Programa Matina, na TV União. No “Deu O Que Falar”, quadro semanal da emissora aberta, comentava sobre o mundo dos famosos, levava pautas relevantes para a sociedade, através das notícias das celebridades. Foi durante 2 anos, produtor, diretor e repórter na TV Otimista e atualmente é assessor de comunicação, CEO na Assertiva Comunicação e Colunista do Portal Conexão Magazine (Portal de Notícias no Rio de Janeiro). Como amante da moda, foi convidado para ser jurado da 6ª edição do Salão de Moda Ceará. Além de todas essas atuações, Jordan é CEO/Fundador e repórter no In Fluxo Portal, tratando de pautas culturais, cobertura de eventos e muito mais. O profissional também atua como modelo e influenciador digital.Instagram: @jordan_vall / contato comercial: jordanvall@influxoportal.com

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