A campanha de conscientização sobre doenças da tireoide é nacional, mas a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional Bahia (SBEM-BA) entendeu a necessidade de realizar uma ação local para esclarecer mitos e fatos relacionados ao tema e por isso reuniu endocrinologistas e estudantes de medicina no Salvador Shopping no último sábado (27) para compartilhar informações sobre hipotireoidismo, hipertireoidismo, nódulo e câncer de tireoide. Para a presidente da SBEM-BA, Marla Cruz, o movimento é importante porque ainda existe muita desinformação circulando na sociedade.
“Nem todo paciente com hipotireoidismo engorda e nem todo nódulo de tireoide é câncer. Por mais que a alimentação saudável traga benefícios ao paciente, nenhum alimento ou suplemento é capaz de substituir o tratamento clínico do hipotireoidismo. Tomar hormônio tireoidiano por conta própria é um grande perigo para a saúde”, elencou a médica. Além desses exemplos, outros 17 pontos cruciais sobre a saúde da tireoide foram esclarecidos durante a ação.
Para um dos estudantes de medicina presentes no evento, Het Jones Neto, atos públicos de conscientização com foco na prevenção são fundamentais porque a medicina preventiva é uma tendência que veio para ficar. “Quanto mais informações sobre saúde as pessoas tiverem, menos doentes elas ficarão e com mais qualidade de vida viverão”, declarou.
Cerca de 60% da população brasileira tem nódulos na tireoide em algum momento da vida. Felizmente, 95% deles são benignos. Quando um nódulo é identificado clinicamente, os(as) endocrinologistas solicitam exames de sangue e de imagem (ultrassonografia) para melhor avaliação. A depender do resultado, a punção de tireoide pode ser solicitada para confirmar ou afastar o diagnóstico de câncer. A descoberta precoce da doença aumenta muito as chances de sucesso do tratamento.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de tireoide é o mais comum da região da cabeça e pescoço e afeta três vezes mais as mulheres do que os homens. Entre os fatores que aumentam as chances de desenvolvimento da doença destacam-se: histórico de irradiação (radioterapia) do pescoço e história familiar de câncer da tireoide. Outras informações estão disponívveis no site www.endocrino.org.br e nas redes sociais da SBEM (@sbemnacional e @sbem.bahia).