Dizer adeus é sempre difícil. Hoje, perdemos a rainha do rock n’ roll, Tina Turner. Nascida em 26 de novembro de 1939, no Tennessee, atravessou uma infância de dores e abandonos e tornou-se uma das maiores lendas musicais ainda na casa dos 20 anos. Venceu uma rotina de violência doméstica e abusos físicos e psicológicos aos 30, aos 40 retomou a carreira e aos 60 brilhava em turnês mundo a fora. Prova vive que ser mulher é reinventar-se. É não desistir.
Uma artista de dimensão fora do comum, com quase 200 milhões de discos vendidos e 12 Grammys, Tina Turner fez história na música internacional. O sucesso “What’s love got’s to do with it” ganhou os três principais Grammys, vendeu 5 milhões de cópias e transformou Tina Turner em uma sensação mundial aos 45 anos.
A cantora foi a primeira mulher negra a aparecer na capa da revista “Rolling Stone”. Ao longo da carreira, vendeu mais de 100 milhões de discos e recebeu 12 Grammys.
No Brasil, em 1988, lotou o Maracanã. Ao todo, mais de 180 mil pessoas ocuparam o estádio para vibrar junto a cantora. Nunca, até então, tanta gente junta tinha assistido a um show de um só artista.
Tina Turner foi inspiração para mulheres do mundo todo. Pioneira na luta contra a violência doméstica, um mal que sofreu na pele e, posteriormente, falou abertamente sobre o tema, a cantora tornou-se um símbolo de força e resiliência para outras vítimas.
Em sua autobiografia, “I, Tina”, lançada em 1986, a rainha do rock compartilhou detalhes do que sofreu no relacionamento abusivo com o ex-marido e nunca deixou de falar sobre o problema e a necessidade de enfrentamento da violência doméstica.
Dona de um talento incontestável e uma das vozes mais potentes da música internacional, Tina emplacou sucessos como “What’s Love Got to Do with It” e “Private Dancer”, que se tornaram hinos de empoderamento e liberdade.
A atriz americana Viola Davis lembrou: “Nosso primeiro símbolo de excelência e de domínio sem limites da sexualidade”. Já o cantor Mick Jagger, líder dos Rolling Stones, – publicou em uma rede social: “Ela era inspiradora, calorosa, engraçada e generosa. Me ajudou muito quando eu era jovem e eu nunca vou me esquecer dela”.
Tina Turner sempre será uma das estrelas máximas da música popular.