A doença celíaca é uma intolerância permanente ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, cevada, centeio e seus derivados. Segundo uma estimativa da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), mais de 2 milhões de brasileiros sofrem com sintomas da doença celíaca.
Segundo a nutricionista do Complexo de Saúde Emilio Ribas, Raquel Lacerda, os pacientes diagnosticados com a doença apresentam uma reação autoimune quando consomem alimentos contendo glúten, “o que leva à inflamação e danos ao revestimento do intestino delgado”. O que pode resultar em uma série de sintomas, conforme a especialista, como dor abdominal, diarreia, anemia, perda de peso, prisão de ventre, entre outros. “E se não tratada adequadamente, pode levar a problemas de saúde mais graves, como osteoporose, infertilidade, linfoma e outras doenças autoimunes”, completa a nutricionista.
Além disso, é preciso estar atento à contaminação cruzada, ou seja, “quando partículas de glúten contaminam alimentos, utensílios ou superfícies antes isentos da presença desta proteína, colocando em risco os celíacos”.
O diagnóstico da doença celíaca pode ser difícil, conforme a especialista, pois muitas vezes os sintomas são confundidos com outras doenças gastrointestinais. Por isso, é importante que as pessoas estejam cientes dos sinais e busquem ajuda médica caso apresentem algum deles.
“O diagnóstico é feito através de exames de sangue e biópsias do intestino delgado. O tratamento da doença celíaca consiste na exclusão total do glúten da alimentação durante toda a vida. Isso pode ser um desafio, já que o glúten está presente em muitos alimentos comuns, como pães, massas, bolos, biscoitos, cervejas e até mesmo em alguns medicamentos. No entanto, cada vez mais opções sem glúten estão disponíveis no mercado e a conscientização sobre a doença está aumentando, tornando as refeições mais prazerosas e acessíveis para os celíacos”, explica Raquel.