Com foco nas potencialidades do setor de eventos, a abertura da 2ª edição da Semana do Profissional de Eventos aconteceu nesta terça-feira, 25, no Senac Aldeota, com a realização do Seminário “Novas Oportunidades de Negócios no Setor de Eventos”. Promovido pelo Sindieventos Ceará, juntamente com Abeoc Ce e Visite Ceará, o encontro contou com presença da Secretária de Turismo do Estado, Yrwana Albuquerque; do Secretário Executivo de Cultura do Estado, Rafael Felismino; do superintendente do Sebrae Ceará, Joaquim Cartaxo; da presidente do Sindieventos CE, Stella Pavan; da presidente da ABEOC CE, Enid Câmara; e da diretora regional do Senac, Débora Sombra.
Durante a abertura, Stella Pavan, presidente do Sindieventos CE, ressaltou a importância de unir os setores produtivos, instituições públicas e privadas e sociedade civil na busca pela retomada do segmento. “O setor de eventos foi o primeiro a parar e último a voltar, mas somos resilientes e estamos em busca de avançar. Este ano de 2023 promete e vamos fazer muitos projetos juntos, por isso conto com o apoio de vocês. Agradeço a todos os parceiros e peço que a gente continue juntos fazendo a diferença”, declarou.
Enid Câmara, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos Ceará (Abeoc CE), também pontuou em sua fala a necessidade da reconstrução do setor. “Em 2019, tivemos 103 eventos no Centro de Eventos do Ceará, nosso maior equipamento, em 2023 já temos 67 eventos agendados, o que representa 65% em relação ao período pré-pandemia. O setor voltou desde 2022, mas é importante olhar para esses números e para os desafios que enfrentamos nessa reconstrução com os preços, principalmente, e os fornecedores, que precisam ser olhados e capacitados nessa retomada”.
Destacando a união das organizações para contribuir nesse processo de retorno do setor de eventos, a diretora regional do Senac, Débora Sombra, ponderou também a necessidade de debates como o do seminário para encontrar soluções possíveis a todos. “O melhor que a gente consegue entregar para a sociedade é nossa complementaridade, fazemos e entregamos uma rede, desde os empresários, seja através da Fecomércio, da Fiec, ao poder público do Governo no Estado e da Prefeitura, e as organizações. Temos aqui muitas soluções para os desafios que o setor de eventos passou e que vai passar, mas pensando juntos podemos fazer a diferença”, diz.
Turismo de Eventos
Presente em todos os estados brasileiros, o setor de turismo está diretamente interligado ao setor de eventos, de acordo com a secretária de turismo do Ceará, Yrwana Albuquerque. Em sua apresentação, a gestora pontuou a forma como todos os tipos de eventos são capazes de atrair inúmeros visitantes, servindo como catalisadores tanto da economia como da renovação urbana, aumentando capacidade de infraestrutura, imagem do destino, entre outros pontos.
Além disso, destacou dados que revelam a capacidade de resposta rápida do segmento. “O turismo de eventos sofreu com a pandemia, mas ainda assim se destaca pela sua potencialidade. Tem 6,4% de participação no PIB, dados de 2022, movimenta na faixa de R$550 bilhões e fomenta 571 atividades econômicas. Esse setor gera economia dentro da comunidade onde acontece o evento e envolve diferentes tipos de empregabilidade com uma média de 18 milhões de empregos formais e informais”, apontou.
A secretária elencou ainda que o turismo traz consequências não só para a atividade de forma direcionada, mas sim, transversal. “Na ausência de um equipamento hoteleiro, na ausência de uma companhia de viagem, as consequências são enormes e a gente precisa ter esse cuidado”. Atualmente, o setor de turismo de eventos está com saldo 6% positivo na geração de empregos, superior aos outros setores.
Sobre os planos para 2023, Yrwana Albuquerque disse que é ter resultados iguais ou superiores a 2019, através de políticas de divulgação, de promoção, parcerias e entendendo que o Ceará já é conhecido pelas belezas do litoral, mas ainda temos muito mais a oferecer, como a riqueza do turismo no interior do Estado. “No Sertão Central temos hotéis na categoria 6 estrelas e precisamos conhecer. Iremos receber em breve uma grande rede hoteleira no Ceará que ainda não existe na América do Sul, estamos dando o pontapé inicial. O turismo é uma indústria, merece ser respeitado e o mundo diz que o Ceará tem capacidade e potencial para ser destaque”, finaliza.
Evento e Cultura
Com o intuito de levantar questionamentos e despertar novas possibilidades para os agentes do setor de eventos, o superintendente do Sebrae Ceará, Joaquim Cartaxo, fez uma apresentação propositiva com cases de manifestações existentes e destacou a falta de dados consolidados para melhor conhecimento da atividade. “Não tem como falar de eventos sem ter pensar na dimensão cultural que mobiliza vários setores da economia. A natureza que o evento tem na cultura tem um impacto brutal, e como é que a gente vai se envolver com isso? Como organizar melhor ainda esse ecossistema produtivo de forma integrada?”, questiona.
Romaria em Juazeiro do Norte, jogos de futebol, Festa do Pau da Bandeira em Barbalha, Regata da Caponga, ExpoCrato, entre tantos exemplos citados por Cartaxo, todos têm em comum fatores como incentivo à economia local, formação de público, incentivo à produção local, desenvolvimento da comunidade e preservação do patrimônio cultural. “São diversas oportunidades de negócios que precisam ser melhor trabalhados, utilizando melhor os equipamentos que temos e consertar o que está errado”.
O primeiro dia do evento também contou com as palestras de Paulo Benevides, economista e consultor cultural, sobre “Como viabilizar negócios na Economia Criativa?”; Jack Schaumann, mentor e consultor, sobre “Como realizar bons negócios pelos seus comportamentos”; e o encerramento foi com Rosier Alexandre, consultor organizacional, que falou sobre suas experiências pessoais e profissionais com o tema “Reinvenção pós-pandemia”.
Serviço
2ª Semana do Profissional de Eventos
Até o dia 29 de abrilMais informações: www.sindieventosce.com.br