O hub do setor de eventos de cultura e entretenimento no país abrange 52 atividades econômicas como operadores turísticos, bares e restaurantes, serviços gerais, segurança privada, hospedagem etc, e foi mais impactado pelas restrições impostas durante a pandemia do coronavírus (covid-19). Com o suporte do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), em vigor desde maio de 2021, o segmento mostrou resiliência e se tornou o grande vetor da economia nacional no cenário pós-crise. Isso é o que atesta os números do PIB aferido em 2022 que acabam de ser divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a instituição, o ano terminou com alta de 2,9%, impulsionado principalmente pelo crescimento de 11.5% das atividades classificadas como “outros serviços”, que englobam aqueles prestados às famílias como o turismo, hospedagem, alimentação fora do lar e recreação, que fazem parte do hub do setor de eventos. Dados do Radar Econômico, levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE com base em dados do Ministério do Trabalho e Previdência, também confirmam o impacto positivo do segmento. No ano de 2022 o consumo estimado no setor de eventos foi de R$ 101,39 bilhões, 8% acima do ano anterior.
O Carnaval é um exemplo recente da força do setor de eventos de cultura e entretenimento. “Números divulgados em todo o país comprovam a tese que sempre defendemos de que o setor precisava de proteção durante a pandemia para que, na volta, houvesse um impacto imediato na economia. Temos capacidade de gerar emprego e movimentar vários setores com rapidez. Por isso, o PERSE é um sucesso. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Carnaval gerou uma receita de R$ 8,18 bilhões em todo o país, um volume 26,9% maior que em 2022”, salienta o empresário Doreni Caramori Júnior, presidente da ABRAPE.
O executivo também cita casos como o do Rio de Janeiro, onde o Carnaval movimentou R$ 4 bilhões na economia, só na capital. A festa carioca, segundo dados do relatório Carnaval de Dados, é responsável por um terço de toda a movimentação econômica no país durante o período. Além disso, a expectativa da Prefeitura é que a arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) de turismo seja 20% maior do que em fevereiro de 2020, passando de R$ 19,4 milhões para R$ 23,3 milhões. “Tudo isso só revela como as atividades de cultura e entretenimento podem impulsionar a economia”, completa Doreni.